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Central Isabel Teixeira

Ensaio. Hamlet

Escrita por Shakespeare há mais de 400 anos, a tragédia do príncipe da Dinamarca é uma das peças mais encenadas no mundo. Entre as montagens brasileiras, quase nunca com tamanha ousadia. Muitos personagens foram suprimidos e os que restam — como o protagonista e seu tio Cláudio, o usurpador do trono — são alternadamente interpretados pelos seis integrantes do grupo.

A tragédia escrita por William Shakespeare, já teve diversas leituras, mas o diretor Enrique Diaz deu um outro viés a peça, mostrando que Shakespeare além de eterno também é comtemporâneo.

O espetáculo começa com todos os atores em cena e o primeiro texto. Essa chave aciona diversos procedimentos da encenação, desde o uso de elementos concretos até a revelação do conflito, da crítica ou da perplexidade do ator em relação ao personagem que está encarregado de representar.

O Rei Cláudio queima as próprias mãos com água fervendo; Ofélia se afoga em uma seqüência de garrafões d’água que ela mesma joga sobre si; Hamlet argüi a mãe com uma câmera na mão e a expõe em telas; Ofélia morta entra como bife cru que, passado a ferro, faz subir o cheiro de carne queimada; Rosencrantz e Guildenstern adentram a cena como bonecos infláveis na forma de Jaspion (super-herói de seriado japonês); enquanto fala da irmã, Laertes se despe de suas roupas, veste um vestido, e ao final desta ação se transmuta em Ofélia; a rainha Gertrudes infantiliza o filho, que reclama de suas roupas apertadas, pequenas demais para ele; no monólogo de Hamlet, os três atores que se revezam na personagem estão juntos em cena e partilham o texto

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Fontes: Veja São Paulo, UOL, Metrópolis, Acervo Digital UNESP, Itaú Cultural